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A importância da relação “Vacas em Lactação x Vacas Secas” em rebanhos leiteiros.
02/09/2020- Fonte: Rafael Paiva Izidoro - Médico Veterinário Homeopata
A produção leiteira se baseia na lactação das fêmeas mamíferas, de forma que o leite seja a principal fonte de renda neste tipo de exploração. No entanto, para a produção do leite as fêmeas precisam reproduzir. Sendo assim, vacas que não reproduzem, não produzem muito leite em números absolutos, pois levam mais tempo para cumprir um número menor de lactações. De uma forma geral, o período de lactação (DEL) compreende em média 305 dias para animais de sangue europeu e cerca de 270 dias para animais mestiços. O período de descanso da lactação é de cerca de 50 a 60 dias.
Para alcançar eficiência na produção leiteira precisamos ter um número grande de vacas de um rebanho na fase de lactação. Para isso é preciso estar atento ao manejo, boa nutrição e a manutenção da saúde destas fêmeas, uma vez que muitos fatores podem gerar atrasos ao retorno a gestação. Desta forma, rebanhos leiteiros de raças puras europeias devem ter 80% de suas vacas em lactação, enquanto rebanhos mestiços precisam manter cerca de 70 a 75% de suas fêmeas em período produtivo.
Em relação ao manejo, é preciso seguir rigorosamente os protocolos preventivos de mamite e de secagem das vacas. Quanto a nutrição, é preciso acompanhar o Escore Corporal (EC) das vacas ao longo da lactação e principalmente, após a secagem durante o período de transição. Esta fase compreende 3 semanas antes e depois do parto, quando sabemos que as vacas reduzem a ingestão de matéria seca e passam metabolicamente a trabalhar em balanço negativo, ocorrendo uma extração maior de nutrientes de suas reservas do que a capacidade de repô-las através da nutrição. Em relação à saúde, é preciso evitar os desequilíbrios nutricionais que possam gerar cetose, deficiências de cálcio, retenções de placenta, além de infecções uterinas que possam atrasar o retorno ao cio.
O ciclo estral das vacas se dá de 21 em 21 dias, o que significa dizer que para cada cio perdido temos um atraso de 21 dias na produção leiteira, o que implica em redução de receitas, não sendo incomum, que falhem nos 2 ou 3 primeiros cios pós parto, quando em condição corporal ruim, uma vez que após 60 dias do parto elas atingem o pico de lactação e como estão vindo do período de transição, tendem a perder Escore Corporal e ficar secas por longos períodos de 4 a 5 meses. Ficando muito tempo em período seco não geram receitas, mas não deixam de consumir alimentos e tempo dos tratadores, dificultando o equilíbrio no pagamento do custo operacional da propriedade.
Portanto, em uma boa assistência técnica a relação de vacas em lactação e vacas secas é um índice fundamental de ser levantado e analisado. Para obtê-lo, divide-se o número de vacas em lactação (VL) pelo total de vacas (TV) e multiplicamos por 100 (%VL = (VL/TV) X 100). O foco é observar a questão nutricional, manejo e sanitária e implementar mudanças com suporte de medicamentos para melhoria dos resultados. Para isso contamos com Máximo L e Hepathor, na melhoria nutricional e controle do estresse, Ciclanthur e Reprodução Gold no ajuste dos ciclos e melhoria das condições uterinas pós-parto, Curae, Dynamis e Masthe na manutenção da saúde mamária e nos momentos de secagem das vacas. Por último, acompanhar os resultados e verificar se alcançamos a melhoria deste índice.
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